(Oi Gente, estou postando para a Carla a provoção que ela quer fazer a respeito do texto da Lucia Santaella, que será apresentado na próxima quarta-feira, vejam abaixo! )
A tentativa aqui é de compartilhar as informações que possuo com profissionais da comunicação. Tal ação é fator extremamente desafiador e prazeroso! Como psicóloga todo o processamento de informações (cientifícias ou não) passa por um discurso da subjetividade, fato que muitas vezes se esbarra na aceleração das informações no discurso da comunicação. A parte que me cabe neste latifúndio é discutir, pensar e refletir o texto da Santaella. Abaixo estão algumas colocações, de uns pontos discutidos pela autora:
No capítulo sobre “Mediações tecnológicas e suas metáforas” do livro
“Linguagens líquidas na era da mobilidade” Santaela faz uma crítica sutil aos pensadores da comunicação, tanto aos otimistas quanto aos pessimistas.
A autora aborda, inicialmente, sobre a linguagem e as formas variadas de sua manifestação através dos meios tecnológicos. Segundo ela, a cada tempo, os meios tecnológicos produziram formas diferentes de relacionamento e comunicação no mundo. Ela cita cinco gerações: as tecnologias do reprodutível, as de difusão, as do disponível, as de acesso e as de conexão contínua.
Um outro aspecto também muito interessante trabalhado por ela é sobre a mediação e a linguagem. A autora dá uma grande relevância para a linguagem, a ponto de utilizá-la como fator fundamental na diferenciação entre tecnologia mediadora e não-mediadora. Ela defende a idéia de que as tecnologias mediadoras são, em sua essência, tecnologias de linguagem.
Aqui cabe uma discussão para aula: A tecnologia proporciona um tipo de linguagem, que interfere na subjetividade. Isto é um fato! Ela pode atuar, até, como efeito não discursivo, como o diria Foucault. Mas uma pergunta que se faz é: quem cria o discurso utilizado pela mídia? A linguagem tecnológica pode até fomentar um tipo de discurso, mas quem o desenvolve? Para as teorias de comunicação, linguagem é diferente de discurso?
Uma outra crítica feita pela autora esbarra na metáfora criada sobre os mundos paralelos: real e virtual. Ela infere o termo “espaços intersticiais” como uma forma de compreender esses dois universos em um espaço intercessório que conjuga, conjuntamente, outros tipos de realidades, como a realidade aumentada e a realidade mista. Ela também faz umas referências aos games e suas formas de interação técnológica no espaço urbano e geográfico. Uma co-existência de duas realidades: virtualizada e territorializada.
A autora caminha para a conclusão do capítulo referindo-se às mídias locativas e o caráter intersticial que ela carrega, na medida em que cruza realidade física com informação digital. A denominada era da mobilidade evoca uma ampliação biológica, que fornece às pessoas uma capacidade até então, impossível de se experimentar. Ocupar vários espaços ao mesmo tempo, através de um corpo que se multiplica e se fragmenta de acordo com as tecnologias que se usa. E daí pra frente!? O que faremos, o que teremos?
Olá! Gostaria de saber mais a respeito do assunto, até para minha dissertação de mestrado. Como faço para conversar com a autora da postagem? Abçs e obrigada! Rosane Fernandes
gostaria de saber mais sobre os termos Linguagem líquida e sólida. obrigada, luciana